Texto: Gabriela Villen I Fotos: Dário Crispim
Os coordenadores do Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, André Santanchè e Paula Dornhofer Paro Costa, foram homenageados nesta segunda-feira (18), por sua gestão (2017-2023). Ao se despedirem do cargo, os coordenadores relembraram sua trajetória na Universidade e destacaram com paixão o trabalho à frente do Museu.
“Esse foi um período maravilhoso. Foi a realização de um sonho de infância, de ser de um museu, de construir coisas em um museu. Se deixasse, eu ficaria aqui eternamente, mas a gente acha importante esse momento de transição, de novas ideias novas e novos caminhos”, afirmou Santanchè.
Para Paula Dornhofer, um dos principais desafios da gestão foi consolidar um modelo de museu baseado nas pessoas. “Fortalecemos a oferta de oficinas para escolas. Hoje, é um museu totalmente flexível. Não tem um formato fixo. Nós não somos um museu de exposições, a gente é um museu muito ativo”, explicou.
Outro desafio destacado pela professora foi a pandemia. “O Museu ficou parado só uma semana quando teve o lockdown. Em uma semana já fomos capazes de pegar algumas das nossas oficinas, que oferecíamos presencialmente e transformá-las, adaptá-las para o mundo online”, contou. “Acabamos a gestão deixando, na verdade, dois museus: um presencial e um online. É uma grande conquista, da qual temos orgulho”, concluiu.
O pró-reitor de Extensão e Cultura da Unicamp, Fernando Coelho, lamentou a saída dos professores. “Hoje é um dia de um misto de tristeza, porque estamos nos despedindo de pessoas que, a gente sabe, são muito entusiastas pela atividade do Museu, mas, ao mesmo tempo, é de alegria, porque eles vão deixar um legado realmente fantástico”, afirmou.
Para Coelho, o Museu tem um papel importante na integração da Universidade com a comunidade por sua capacidade de dialogar com uma gama ampla da população. “Eu sempre fui muito entusiasmado por essa atividade do Museu, pois ela é capaz de agregar internamente e, com essa integração, consegue fazer com que as pessoas, famílias, se aproximem da universidade e consigam ver aquilo que a universidade faz”, completou.
A assistente técnica da Coordenação, Marli Lima Silva, destacou ainda o aumento do índice de visibilidade do Museu. “Foram alcançadas novas fronteiras, onde mais crianças e jovens passaram a conhecer e se envolver com as iniciativas e programas oferecidos pelo Museu, o que gerou um impacto positivo na comunidade local e em diversas escolas e famílias”, ressaltou.
O Museu Exploratório de Ciências é uma entidade educativa, de difusão e de disseminação científica, vinculado à Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Unicamp.
