Extensionistas da FT apresentam projetos e demandas à Proec

Texto e foto: Gabriela Villen

Os coletivos de estudantes extensionistas da Faculdade de Tecnologia (FT) da Unicamp apresentaram seus projetos e demandas para a Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec), na última quinta-feira (23). A reunião foi organizada pela coordenadora de Extensão, Gerusa de Cássia Salado, e contou com a presença do pró-reitor, Fernando Coelho, dos assessores, José Luiz da Costa e Simone Ferreira, e dos coordenadores da Diretoria de Cultura (DCult) da Proec, Carlos Gonçalves Machado Neto e Carolina Cantarino Rodrigues.

O pró-reitor destacou a satisfação da Proec em conhecer o trabalho de extensão que vem sendo desenvolvido e seus resultados. “Primeiro quero dar os parabéns a todo mundo. É realmente um volume de trabalho muito legal e com excelentes resultados. É muito bom ver como está todo mundo comprometido, esta é mesmo uma característica de quem faz extensão”, observou Coelho. Ele se comprometeu em avaliar as demandas apresentadas e atendê-las dentro do possível. “Conseguimos pelo menos dar a vocês um certo fôlego para que as coisas possam acontecer”, afirmou.

Coelho questionou ainda as possibilidades de ampliação e escalonamento da atuação de alguns grupos, como o Grupo de Tecnologias e Cuidados com o Meio Ambiente (GTCMA), que implantou um  sistema de tratamento de esgoto wetland, na Escola Rural Dorivaldo Damm.  “Temos uma quantidade enorme de projetos com assentamentos e essa é uma demanda recorrente”, ressaltou o pró-reitor. 

Coordenado pelas professoras Marta Siviero Guilherme Pires e Eliane Cristina Catapani Poletti, o Grupo conta com a participação de 20 alunos e mais 3 docentes dos cursos de Engenharia Ambiental e Tecnologia em Saneamento Ambiental. Além do desenvolvimento, da instalação e da manutenção do sistema, o Grupo atua na conscientização sobre as questões envolvendo educação ambiental. Contemplado pelo edital de extensão da Proec deste ano, o Grupo investiu na reestruturação do projeto, que havia se deteriorado durante a pandemia. 

Também sob coordenação da professora Poletti, em parceria com a professora Talia Simões Ximenes, o Projeto “Convivas: Matemática e tecnologias” desenvolve atividades com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, do Movimento Aldeia Pró-Cultura. Por meio de oficinas de lógica de programação, robótica e jogos, o projeto busca vencer o medo que as crianças expressam da Matemática e auxiliá-las no desenvolvimento escolar. A coordenadora destacou ainda o papel do projeto em aproximar a comunidade da Universidade. Ela contou de um menino de 7 anos, chamado Arthur, que no dia do fechamento do curso, na FT, quando perguntado o que aprendera nas oficinas, respondeu: “Aprendi que quando eu crescer, posso vir estudar aqui”. O pró-reitor sugeriu uma articulação com a Secretaria de Educação do município e com a Agencamp (Agência Metropolitana de Campinas), que conectem o projeto às escolas da região.  

 A equipe do Programa EcoEdu Ambiental traçou um panorama dos oito projetos que desenvolve. Criado em 2006, o EcoEdu Ambiental é coordenado pela professora Lubienska Ribeiro e pela estudante Auriane Nayara, e conta com 22 estudantes de graduação, 2 de pós-graduação e uma servidora mediadora de Libras. De forma multidisciplinar, os projetos incluem contação de histórias, educação e arte, buscando inclusão e cidadania por meio da educação ambiental.

Também focado na questão ambiental, o “Laboratório de Políticas Públicas Climáticas”  inclui um Observatório de Leis, produção de cartilhas e um projeto de conscientização de crianças e jovens sobre as mudanças climáticas. Coordenado pelo professor Rafael Costa Ferreira, o projeto conta com quatro alunos dos cursos de Saneamento Ambiental, Engenharia Ambiental e Engenharia de Manufatura.

Na intersecção com a pesquisa, o “Projeto Bicicleta Semi-autônoma” pretende projetar um equipamento para que pessoas com deficiência visual possam pedalar com independência. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com o grupo KB2, que viabiliza a prática do ciclismo por deficientes visuais, com auxílio de voluntários e bicicletas duplas. Coordenado pelo professor Leonardo Lorenzo Bravo e pelo técnico de laboratório Alexandre Pereira Silva, o projeto envolve 14 alunos dos cursos de Engenharia de Telecomunicações e Ambiental. O equipamento em desenvolvimento deve contar com um dispositivo de microprocessamento, sensores e uma câmera especial, que guiem o ciclista.

Outro projeto apresentado com forte componente de pesquisa foi o “Unicamp Racing Team 1600”. O grupo trabalha na construção de um carro tipo fórmula 1600 e pretende ser a primeira equipe universitária inserir-se em uma categoria nacional de automobilismo. O projeto também é  coordenado pela professora Talia Simões Ximenes, conta com 13 alunos e já oferece uma disciplina de extensão.  

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima